sábado, 2 de outubro de 2010

Vogais e consoantes

Olá mana gema kida, linda e fofinha :DDD
Boa pergunta essa das novas letras do nosso alfabeto, nunca me tinha colocado essa questão mas agora que a colocaste o meu primeiro instinto foi classificá-las como K (consoante porque tem som igual à nossa consoante c (antes de a, o, u) ou à nossa consoante q) Kispo, W (consoante porque tem o som da nossa consoante v) Kiwi e Y (vogal porque tem o som do nosso i ) yoplait (não me lembrei de mais nenhuma palavra com y...) na verdade, na minha opinião, nós não precisamos destas letras para nada, pois já temos letras com esses sons no nosso alfabeto... Não precisamos delas para formar palavras portuguesas, apenas as utilizamos para escrever termos de outras línguas, era escusado incluí-las no nosso alfabeto, embora apareçam nos nossos dicionários e já com uma ordem definida entre as nossas letras. Agora pensando nisso... tb não concordo com a posição que elas ocupam no alfabeto, o Y devia aparecer a seguir ao nosso I, e o K a seguir ao nosso Q, assim como o W aparece a seguir ao nosso V (este sim bem colocado) sempre tinha alguma lógica, se bem que, ao enunciar o alfabeto, dizer duas vezes seguidas o mesmo som ficava um pouco estranho e talvez patético...

A ordem que foi adoptada agora foi a do alfabeto internacional.

Alfabeto Internacional


A Alfa
B Bravo
C Charlie
D Delta
E Eco
F Fox
G Golf
H Hotel
I India
J Juliete
K Kilo
L Lima
M Mike
N November
O Oscar
P Papa
Q Quebec
R Romeu
S Sierra
T Tango
U Uniform
V Vitor
W Whisky
X X-ray
Y Yankee
Z Zulu



Antes da II Guerra Mundial não existia um alfabeto fonético comum, excepto para uso militar embora cada serviço tivesse o seu, o que como se pode calcular gerava uma grande confusão. Em 1941 com a eminência da entrada dos EUA no conflito, tornou-se óbvio que era necessário encontrar um alfabeto comum, que viesse a permitir um entendimento concertado no campo de batalha.
Embora fosse grande a rivalidade entre os diversos serviços, e depois de várias
tentativas sem sucesso de conciliar as ideias de todos os intervenientes, foi tomada uma decisão drástica.
Convidados os responsáveis dos vários serviços para uma reunião no MIT (Instituto de Tecnologia do Massachusetts), uma vez no local foram reunidos numa enorme sala com grandes quadros, imensos lápis, resmas de papel e um dicionário por pessoa, sendo-lhes comunicado que seriam servidas três refeições diárias e que a porta da sala estaria fechada durante os restantes períodos, bem como não seria permitida a saída de ninguém enquanto não fosse adoptado um alfabeto aceite por cada serviço!
O tempo que isto levou a resolver não temos conhecimento, no entanto esta decisão, levou ao aparecimento do Alfabeto Fonético JAN (Joint Army/Navy), com que os Estados Unidos da América entraram na IIª Guerra Mundial.
Este alfabeto embora não fosse perfeito, pois existiam de facto algumas dificuldades de compreensão de várias letras por parte de alguns Exércitos Aliados, foi sem dúvida de grande utilidade para as comunicações militares.
Depois de terminada a Guerra, houve tempo suficiente para absorver os ensinamentos adquiridos e fazer um alfabeto melhor.
No entanto nenhum teve sucesso até que entrou em campo a ICAO (Organização
Internacional da Aviação Comercial), que necessitava de adoptar um alfabeto para utilização nas comunicações da emergente indústria Aeronáutica e criou o seu próprio alfabeto fonético.
O alfabeto fonético que hoje conhecemos foi adoptado pela ITU (Organização Internacional das Telecomunicações), organismo onde são elaborados os regulamentos Internacionais das Radiocomunicações.
Embora o alfabeto não seja perfeito, funciona…e constitui uma ferramenta inquestionável nas comunicações por voz, sendo utilizado nos mais variados serviços civis e militares.
Mesmo nas comunicações em FM ( Frequência Modelada) em que a qualidade do
áudio é geralmente muito boa, a utilização correcta do alfabeto fonético permite a detecção de qualquer erro de compreensão na transmissão de uma qualquer
mensagem.

Arquivo Histórico do Rádio Amador Português em http://ahrap.no.sapo.pt
http://ct1end.netpower.pt/ficheiros/alfabeto_internacional_fonetico.pdf

Portanto, como vês, os especialistas em linguagem e fonética não tiveram nada a ver com a ordem das letras no alfabeto... :P

Entretanto consultei o nosso dicionário azul e vermelho, o Grande Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo e lá diz que o que eu pensava está correcto, indica K e W como consoantes e Y como a nossa sexta vogal.

Beijokinhas 8

Post Scriptum - Sim, lembro-me dessa professora, foi minha professora de Francês no 10.º, eu estava sentada ao fundo da sala e ela só falava com os alunos da frente... não aprendi quase nada porque faziam muito barulho e ela falava muito baixo, só lhe ouvia a voz quando gritava para mandar calar. Para dar as notas tb funcionava da mesma forma, os alunos da frente tinham as melhores notas e os de trás... Eu tive 11. Ainda bem que só foi minha professora um ano.

Sem comentários:

Enviar um comentário